Eu fazia, todo dia, tudo sempre igual. Era sempre aquela mesma rotina acordava cedo tomava café da manhã, escovava os dentes, tomava banho e, finalmente, ia pra escola.
Logo de manhã começava a observar meus colegas de sala, esses se diferiam entre si em várias vertentes, porém os considero especiais cada um com seu jeitinho de ser.
O dia passava e eu notava o comportamento dos meus companheiros. Um deles, Érick, era um garoto meio sozinho, meio autista, gostava de contemplar as paredes da sala e se estranhava com o que via, uma vez que fazia careta pra quase tudo.
Me assustei ao ouvir em alto e bom som uma palavra de baixo calão, só podia ser Giovanni o garoto que sempre reclamava de tudo e de todos, desta vez ele tinha acabado de quebrar a parede da “escola descartável”.
Resolvi ir ao banheiro e em meu trajeto me deparei com mais várias figuras do meu cotidiano, um garoto, que andava de um lado para outro lamentado-se por ser perseguido e mal-amado.”O que é que tem o Bronti?... Ninguém gosta de mim!...Por que tudo é o Bronti?”E era assim todos os dias, quando não soltava suas famosas pérolas.
Um casal se abraçava atrás das cortinas, ah sim são eles: Breno e Bia. Esses dois tem estória pra contar, um ano entre tapas e beijos, de amores e desamores...Sim, eles se amam e não é pouco não.
Já fora da sala vejo, sentadas num banco, três garotas, as meninas superpoderosas, as Três Graças, eram elas: Isadora, Danila e Isadora.Elas olhavam os caras mais velhos, cochichavam e davam risadinhas exibindo seu charme.
Em meu trajeto de volta vejo meu amigo Fellipe, coitado, tão carente e tão “necessitado”.
“Eu quero a minha namorada... Eu quero metê!” era o que ele costumava nos falar.Ele estava acompanhado de um menino alto, alto e magro era Anthony, um adorador das aulas intermináveis, infindáveis e infernais de geografia, muito conhecidas também como: Aulas do Panela.
Volto para a sala sento em minha carteira, ao lado João Beto meu amigo, um garoto loiro e intelectual, esse olha pra mim e ri de tudo o que acontece naquela sala, naquele corredor, naquela escola que é sempre igual.
domingo, 30 de novembro de 2008
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