domingo, 30 de novembro de 2008

Todo dia, Tudo sempre igual

Eu fazia, todo dia, tudo sempre igual. Era sempre aquela mesma rotina acordava cedo tomava café da manhã, escovava os dentes, tomava banho e, finalmente, ia pra escola.

Logo de manhã começava a observar meus colegas de sala, esses se diferiam entre si em várias vertentes, porém os considero especiais cada um com seu jeitinho de ser.

O dia passava e eu notava o comportamento dos meus companheiros. Um deles, Érick, era um garoto meio sozinho, meio autista, gostava de contemplar as paredes da sala e se estranhava com o que via, uma vez que fazia careta pra quase tudo.

Me assustei ao ouvir em alto e bom som uma palavra de baixo calão, só podia ser Giovanni o garoto que sempre reclamava de tudo e de todos, desta vez ele tinha acabado de quebrar a parede da “escola descartável”.

Resolvi ir ao banheiro e em meu trajeto me deparei com mais várias figuras do meu cotidiano, um garoto, que andava de um lado para outro lamentado-se por ser perseguido e mal-amado.”O que é que tem o Bronti?... Ninguém gosta de mim!...Por que tudo é o Bronti?”E era assim todos os dias, quando não soltava suas famosas pérolas.

Um casal se abraçava atrás das cortinas, ah sim são eles: Breno e Bia. Esses dois tem estória pra contar, um ano entre tapas e beijos, de amores e desamores...Sim, eles se amam e não é pouco não.

Já fora da sala vejo, sentadas num banco, três garotas, as meninas superpoderosas, as Três Graças, eram elas: Isadora, Danila e Isadora.Elas olhavam os caras mais velhos, cochichavam e davam risadinhas exibindo seu charme.

Em meu trajeto de volta vejo meu amigo Fellipe, coitado, tão carente e tão “necessitado”.
“Eu quero a minha namorada... Eu quero metê!” era o que ele costumava nos falar.Ele estava acompanhado de um menino alto, alto e magro era Anthony, um adorador das aulas intermináveis, infindáveis e infernais de geografia, muito conhecidas também como: Aulas do Panela.

Volto para a sala sento em minha carteira, ao lado João Beto meu amigo, um garoto loiro e intelectual, esse olha pra mim e ri de tudo o que acontece naquela sala, naquele corredor, naquela escola que é sempre igual.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Tolerância ao Tempo

Ah o tempo não passa!

Passa, vai de reto, não agüento mais, a cada minuto olho desesperado para o senhor do tempo e esse nem sequer se levanta!

Olho ao redor e vejo mapas, assuntos irrelevantes e um tio, que requer o tempo para si mesmo.

Ainda que fosse um palhaço e nos deixasse interados, mas não ele acha que sabemos o clima da capital do Zimbábue.

Ah tempo passa, passatempo, não te agüento , preciso comer!

Mais uma tentativa frustrada, mais uma arma desarmada, esse texto de nada serviu, olho no relógio e só dez minutos se passaram, puta que pariu!